sexta-feira 15 2012

Espaço

Primeira astronauta chinesa viajará ao espaço no sábado

Liu Yang foi designada para missão por maior habilidade para lidar com solidão


Liu Yang ao ser apresentada pelo governo chinês, nesta sexta (AFP)

A China anunciou nesta sexta-feira que enviará ao espaço neste sábado sua primeira mulher astronauta, Liu Yang. Ela viajará acompanhada de dois homens na nave Shenzhou IX. A expectativa do governo do país é que Yang melhore a eficiência do trabalho da tripulação. "De maneira geral, as astronautas mulheres têm mais estabilidade psicológica e maior habilidade para lidar com a solidão", afirmou o porta-voz de Yang, Wu Ping.

A astronauta chinesa junta-se, agora, ao grupo de 50 mulheres que já viajaram ao espaço desde que a russa Valentina Tereshkova se tornou a primeira cosmonauta em 1963, dois anos depois da histórica viagem de Yuri Gagarin. A designação de Yang foi anunciada após um longo processo de seleção que deu preferência a mulheres casadas e com filhos, já que o voo espacial e a possível exposição à radiação podem causar infertilidade. A escolhida, porém, não se encaixa na descrição.

Além disso, com esta missão, a China realizará o primeiro acoplamento de uma nave tripulada ao módulo chinês Tiangong I, lançado em setembro e criado para hospedar os tripulantes e servir de base para os experimentos científicos que desenvolverão durante dez dias.

Os astronautas Jing Haipeng, Liu Wang e Liu Yang embarcarão às 7h37 de sábado (horário de Brasília) na Shenzhou IX, que será propulsada ao espaço por um foguete desde o Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no deserto noroeste da China. O lançamento foi anunciado em fevereiro, mas na ocasião foi informado que seria uma nave não tripulada com animais e sementes a bordo para realizar experimentos em condições de gravidade zero e radiação.

Este será a quarta viagem tripulada da China depois das realizados em 2003 e 2005, e do passeio espacial de 2008. Segundo dados oficiais chineses, a China se situa no segundo posto no número de lançamentos depois da Rússia, embora os analistas considerem que o país asiático tem atualmente o nível tecnológico de Estados Unidos e União Soviética na década de 1960.

(Com agência EFE)

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