quinta-feira 15 2014

PF apreende documentos no apartamento de Pizzolato no Rio

Mensalão

'Operação Pizzo', deflagrada na manhã desta quinta-feira, investiga suspeita de ocultação de bens pelo ex-diretor do BB, condenado no processo do mensalão

Passaporte falso de Pizzolato
Passaporte falso de Pizzolato (Interpol/Divulgação)
Policiais federais recolheram, nesta quinta-feira, documentos, computadores e arquivos digitais no apartamento de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, condenado no processo do Mensalão e atualmente preso na Itália, para onde fugiu no fim de 2013. A apreensão é parte da “Operação Pizzo”, coordenada pela PF e pelo Ministério Público Federal para investigar crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro atribuídos a Pizzolato, um dos condenados no processo do mensalão.
A operação foi planejada a partir de dados obtidos pelo escritório Escritório Central Nacional da Interpol no Brasil e por policiais brasileiros lotados no exterior. As informações, repassadas a autoridades brasileiras, contêm indícios de ocultação de bens, registrados em nomes de parentes do ex-diretor. Uma nota divulgada pelo MPF informa que há, entre os nomes investigados, os de irmãos já falecidos de Pizzolato.
A visita dos agentes ao apartamento de Pizzolato, em Copacabana, foi autorizada pela 2ª Vara Federal Criminal. Os procuradores e policiais brasileiros solicitaram à Itália o compartilhamento de provas arrecadadas na Europa. Pizzolato foi preso em 5 de fevereiro por policiais italianos, e com ele foram apreendidos computadores portáteis e dispositivos eletrônicos de memória.
Mensalão – O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil foi condenado no processo do mensalão a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Ele era considerado o braço da quadrilha no banco. Pizzolato foi condenado por ter autorizado o repasse de 73,8 milhões de reais do Fundo Visanet para a DNA Propaganda, de Marcos Valério. A campanha da Visanet nunca foi veiculada. A investigação indicou que ele teria, pelo serviço ao esquema, recebido 326.000 reais.

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