segunda-feira 17 2014

Mulheres na História (XIV) Cecília Gallerani (Dama com Arminho)



Dama com Arminho (Retrato de Cecília Gallerani) é umas das obras primas de Leonardo da Vinci. Foi feita entre os anos de 1485 - 1490, é uma pintura a óleo com as dimensões 54,8 x 40,3 cm. A obra é o retrato de Cecília Gallerani (uma jovem da aristocracia de Milão) que foi encomendado a Leonardo por Ludovico Sforza.
Na pintura, Cecília Gallerani está com vestes elegantes de cores variadas, o seu olhar é sereno e ao mesmo tempo atento,a sua boca esboça o início de um sorriso (a parte mais ao lado esquerdo de sua boca eleva-se - começo do sorriso). A dama tem cabelos claros num tom que combina com a cor das suas sobrancelhas e dos seus olhos e que realça a cor dos lábios. Cecília Gallerani segura um arminho, apoiando-o sobre o seu braço esquerdo e mantendo a mão direita sobre ele de forma subtil acariciando-o.
O significado simbólico do arminho não se sabe ao certo, porém há algumas suposições e "crenças", podendo ser uma referência ao apelido de Cecília, Gallerani (que é dado como remanescente de galeé que significa, em grego, arminho), ou o facto de o pequeno animal representar pureza e modéstia, e uma terceira suposição (que dizem ser a mais provável) é uma referência a Ludovico Sforza, visto que a dama era a amante de eleição de Ludovico que passou a usar o arminho como seu emblema, dessa forma, simbolicamente, Ludovico Sforza fica nos braços da sua amante que lhe viria a dar um filho, e que acabou por ser rejeitada em virtude de interesses políticos que levaram o mecenas italiano a casar-se com Beatriz d'Este.
Cecília morreu em 1536. Ficou para a história da pintura como uma das mais belas modelos do mestre dos mestres, mas também surge em documentos da época como uma grande poetisa, que se expressava em latim e que organizava tertúlias. Ao desgosto causado por Ludovico sobreviveu com um casamento que lhe deu mais quatro filhos e uma vida digna que terminou no Castelo de São João da Cruz, perto de Cremona.
Do quadro que a imortalizou não se sabe que caminho seguiu até ser encontrado, em 1939, num castelo na Polónia, propriedade da família Czartoryski, que foi ocupado por soldados alemães aquando da invasão ordenada por Hitler. Dali foi transportado para o Museu Kaiser Friedrich, em Berlim, onde permaneceu até ser reclamado pelo general Hans Frank, o alemão responsável pelo governo da Polónia, que o pendurou na sua própria casa. Mais tarde, finda a II Guerra, depois de ter sobrevivido a este e a tantos outros sobressaltos, voltou a estar na posse dos seus proprietários e a encher de brilho o museu de Cracóvia, a quem os Czartoryski doaram toda a sua colecção.
Fontes:
DN
davinci.net
wikipedia (Imagens)

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