domingo 01 2013

SUS vai tratar com antirretroviral todos os portadores do vírus da aids

Aids

Ministério da Saúde anunciou neste domingo que medida visa melhorar a qualidade de vida do paciente e diminuir a chance de transmissão

Avenida Paulista decorada para o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, em São Paulo
Avenida Paulista decorada para o Dia Mundial de Luta contra a AIDS, em São Paulo (Júlio Costa/Futura Press)
O Ministério de Saúde anunciou neste domingo uma nova política do programa de combate à aids. A partir de agora, o portador do vírus receberá tratamento com antirretrovirais no Sistema Único de Saúde (SUS) assim que receber o teste positivo no HIV. "O objetivo da medida é reduzir as possibilidades de transmissão e oferecer melhor qualidade de vida ao paciente", explicou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa, em evento no Dia Mundial de Luta contra a Aids, no Rio de Janeiro.
Atualmente, a indicação para início da terapia ocorre somente quando o paciente apresenta sintomas da doença, como perda de peso, febre, diarreia e fadiga. De acordo com Barbosa, o tratamento reduz a carga viral e diminui a propagação do HIV. A estimativa é incluir mais 100.000 pessoas no tratamento, em 2014, com a mudança de protocolo. Desde o início da oferta de antirretrovirais pelo sistema de saúde, há dezessete anos, 313.000 pessoas foram atendidas. "Esse novo protocolo clínico mudará a história da epidemia da Aids no Brasil", disse o secretário, sobre a mudança no tratamento.
O Ministério da Saúde também informou que está adotando como teste o medicamento 3 em 1 - três remédios diferentes em um só comprimido - no Rio Grande do Sul e no Amazonas. 
Outra medida anunciada foi o estudo para ampliação da profilaxia contra a doença na rede básica de saúde. A meta é oferecer medicamento de prevenção, que deve ser tomado em 72 horas após a provável exposição ao HIV.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou, durante o evento, que o Brasil voltou a liderar o ranking mundial no tratamento da Aids, mas que vencer o estigma é o principal desafio. "As pessoas não podem ter vergonha de fazer o teste", disse.
(Com Estadão Conteúdo)

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