segunda-feira 09 2013

Rússia pede à Síria que coloque armas químicas sob controle internacional

Oriente Médio

Chanceler do país afirma que proposta foi feita para tentar evitar um ataque ao país - e aguarda uma resposta 'rápida e positiva' sobre o assunto

"É claro como a água: mesmo que armem a oposição até os dentes, eles não derrotarão o Exército sírio", disse Serguei Lavrov
O chanceler Serguei Lavrov. Russo propôs que Síria coloque seu arsenal sob controle internacional (Karen Minasyan / AFP)
A Rússia divulgou nesta segunda-feira que pediu à Síria que coloque seu arsenal de armas químicas sob controle internacional, se isso impedir um eventual ataque liderado pelos Estados Unidos ao regime do ditador sírio Bashar Assad, que é acusado de usar gás sarin contra a população do seu país. 
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, que convocou uma entrevista coletiva para anunciar a proposta, disse que já havia levantando a ideia com seu colega sírio, Walid al-Moualem, durante conversa em Moscou, e que a Rússia aguarda uma "resposta rápida e positiva" sobre o assunto.
A Rússia é o principal aliado do regime de Bashar Assad, e tem repetidamente se posicionado contra qualquer intervenção internacional na Síria. Mais cedo, Lavrov já havia afirmado que um eventual ataque ocidental contra o regime sírio desencadearia uma "explosão do terrorismo" na região, além de uma nova onda de refugiados. "A possibilidade de uma solução política segue de pé", disse Lavrov.
Logo depois do pedido feito por Lavrov, o governo sírio comunicou que tem interesse em discutir a sugestão russa. Segundo a agência Reuters, o chanceler Walid Al-Moualem sinalizou que Damasco não encontraria objeções para cumprir com as demandas da proposta.
O anúncio da Rússia ocorre no momento em que o presidente Barack Obama enfrenta uma semana decisiva na condução da crise síria, enquanto aguarda o Congresso dos EUA votar o apoio a uma intervenção no país. 
Há cerca de dez dias, Obama parecia prestes a iniciar a ofensiva militar contra Assad, mas o plano foi adiado quando o presidente anunciou que pediria autorização do Congresso para agir. 

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