sábado 17 2013

Depois de Isinbayeva defender lei antigay, atletas russas se beijam no pódio

Atletismo

Velocistas comemoravam vitória no revezamento 4x400 metros no Mundial de Moscou

Atletas russas Kseniya Ryzhova e Tatyana Firova comemoram ouro na prova 4x400m
Atletas russas Kseniya Ryzhova e Tatyana Firova comemoram em grande estilo o ouro na prova 4x400m (Grigory Dukor/Reuters)
Depois de vencerem, na tarde deste sábado, o revezamento 4x400 metros no Mundial de Atletismo em Moscou, as russas Kseniya Ryzhova e Tatyana Firova comemoraram a vitória com um breve "selinho" sobre o pódio. Ninguém comentou o assunto. Mas, há dois dias, a compatriota e estrela do atletismo Yelena Isinbayeva, que conquistou medalha de ouro no salto com vara, defendeu a lei antigay russa, que tem recebido críticas e ameaça a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi-2014.
A lei antigay da Rússia, aprovada em junho pelo presidente Vladimir Putin, não permite que menores de 18 anos obtenham informações relativas à homossexualidade. Além disso, proíbe a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, além de coibir qualquer tipo de manifestação a favor da união homoafetiva.
Em entrevista, Isinbayeva chegou a dizer que os russos se consideram “pessoas normais”, que vivem “com homens ao lado de mulheres e mulheres ao lado de homens”. “Tudo deve ser assim, é histórico. Nós nunca tivemos problemas assim na Rússia, e não queremos ter no futuro”, afirmou a atleta. No dia seguinte, após ser alvo de críticas, a russa divulgou comunicado afirmando que havia sido mal interpretada.
Represália — Em protesto contra a lei antigay russa, a saltadora sueca Emma Green-Tregaro, que participa do Mundial de Moscou, publicou uma foto em seu Instagram em que mostra suas unhas pintadas com as cores do arco-íris. No entanto, a atleta foi proibida de repetir o gesto durante a competição neste sábado. “Fomos abordados informalmente pela Iaaf (Associação Internacional de Federações de Atletismo, em inglês) dizendo que isso é, por definição, uma violação das regras. Informamos nossos atletas sobre isso", disse Anders Albertsson, secretário-geral da federação de atletismo sueca, à agência Reuters.

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