quinta-feira 11 2013

No Brasil, fundador do Twitter garante: “Facebook não me preocupa”



Ao chegar à Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, onde ministraria na tarde desta quinta-feira uma palestra a professores e alunos, o americano Jack Dorsey, um dos fundadores do Twitter, pareceu surpreso com o grande número de pessoas que o aguardavam. Sua primeira reação foi sacar o smartphone e tentar registrar o momento usando o Vine, aplicativo que ajudou a conceber para produção de ‘microvídeos’ de até seis segundos de duração. A demonstração não saiu das melhores (confira abaixo). Na pressa, um funcionário da instituição interrompeu a gravação e logo o conduziu ao palco para falar sobre a história do Twitter e a importância da ferramenta no país. Ao ser questionado sobre o rival Facebook, o executivo não hesitou: “o Facebook não me preocupa”.
Um dos criadores do Twitter – ao lado de Evan Williams e Biz Stone –, Dorsey garante que há grandes diferenças entre a ferramenta que ajudou a desenvolver e o site criado por Mark Zuckerberg. “Não temos medo do crescimento do Facebook”, avisa. “Ele é ótimo para manter contato com os amigos, mas é totalmente diferente no Twitter. Abro meu perfil no microblog pela manhã para saber o que está acontecendo ao meu redor”, argumenta.
Diretor-geral do Twitter no Brasil Guilherme Ribenboim (à esq.) e o americano Jack Dorsey (à dir.)
No palco, Dorsey abusou da técnica usada por famosos empreendedores, como Mark Zuckerberg e Steve Jobs: resumir ideias com frases curtas, que colam no ouvido da plateia. Sobre o limite de 140 caracteres no Twitter: “A limitação provoca a criatividade”. Sobre o empreendedorismo: “Ser empreendedor não é sinônimo de criar empresas. É investir onde você trabalha e aceitar os riscos”, complementou. Sobre o alto número de perfis inativos no serviço (estima-se que quase 80 milhões de usuários não tuítam): “Para tirar proveito da ferramenta, você não precisa postar. Apenas consuma a informação”.
Pela primeira vez no Brasil, o executivo de 36 anos e fortuna avaliada em 1,2 bilhão de dólares atribuiu sua visita aos eventos esportivos que o país vai sediar nos próximos três anos – Copa do Mundo e Olimpíada. “Vocês têm grandes eventos e o mundo quer vê-los”, explicou. Para tanto, o americano incentiva ainda mais o uso do Twitter. “Gostaria que os brasileiros compartilhassem ainda mais o que está acontecendo em todo o país”, acrescentou. O Brasil está entre os cinco principais mercados do Twitter, que tem mais de 200 milhões de usuários ativos no mundo.

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