segunda-feira 17 2012

Alguém Tem Que Ceder




A química entre Jack Nicholson e Diane Keaton em Alguém Tem Que Ceder é, provavelmente, a melhor que já vi em qualquer comédia romântica do cinema. Digo isso com tanta segurança porque são eles que salvam o filme de Nancy Meyers. Aliás, elevam o filme a um patamar que a diretora poderia não ter alcançado sem eles. Toda a graça, o charme e o carisma de Alguém Tem Que Ceder vem de uma dupla simplesmente perfeita.
Harry Sanborn (Jack Nicholson) é o típico senhor de idade que é cheio do dinheiro, cercado por belas mulheres mais jovens e muito satisfeito com a vida. Até o momento em que ele conhece a dramaturga Erica Barry (Diane Keaton, vencedora do Globo de Ouro e indicada ao Oscar por seu desempenho aqui). Na realidade, Harry está namorando a filha de Erica mas, de repente, começa a ter sentimentos pela mãe – que é uma mulher mais velha. Ou seja, não é o tipo dele.
Então, premissa simples – para não dizer batida. E claro que, nas mãos de Nancy Meyers, isso poderia resultar em mais uma bobagem aborrecida. Mas, por incrível que pareça, parece que até ela foi inspirada pela química de Nicholson e Keaton. Existem momentos iluminados, como aquela cena em que Keaton chora desesperadamente após uma desilusão amorosa. Mas, não dá pra se enganar muito, já que existem outras cenas completamente descartáveis e um desfecho infinitamente prolongado.
Contudo, é admirável como nos esquecemos desses erros para entrar na ótima história dos protagonistas. Esse sim, o primeiro filme dirigido a um público diferenciado e que conseguiu cumprir com muito louvor a premissa de falar sobre pessoas mais velhas. Meyers, posteriormente, tentaria repetir o sucesso com o irregular Simplesmente ComplicadoAlguém Tem Que Ceder, portanto, está longe de ser um grande filme. Mas é delicioso de se ver… nem que seja por Nicholson e Keaton, brilhantes juntos. Eles compensam tudo.



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