quinta-feira 12 2012

Demóstenes, enfim, aparece: 'Sou inocente'

Congresso

Senador compareceu ao Conselho de Ética e pediu que o colegiado elegesse um presidente definitivo. Humberto Costa será o relator do processo

Gabriel Castro
Senador Demóstenes Torres Senador Demóstenes Torres (Bruno Peres/DAPress)
Depois de um longo silêncio, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) surpreendeu a todos e compareceu nesta quinta-feira à sessão do Conselho de Ética destinada a escolher o relator de seu processo por quebra de decoro parlamentar. Demóstenes é acusado de usar o cargo para atender interesses do contraventor Carlinhos Cachoeira.
O parlamentar não comentou diretamente as acusações que o envolvem: apenas pediu que o colegiado elegesse um presidente definitivo – Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) havia sido escolhido para ocupar o cargo interinamente. Demóstenes disse que esse é o rito adequado. "Gostaria que o conselho elegesse definitivamente o presidente", afirmou. Ele ressaltou, entretanto, que não pretende usar o possível descumprimento do trâmite legislativo para pedir a anulação do processo.
O parlamentar goiano também prometeu apresentar sua defesa no momento adequado. "Aqui, quero me defender no mérito e o farei nesse foro, que é competente". O senador disse que vai apresentar a defesa por escrito. Demóstenes não ficou até o fim da reunião. Retirou-se "para não constranger" os colegas. À imprensa, o senador foi lacônico: "Sou inocente e vou provar minha inocência".
Relator - O senador Humberto Costa (PT-PE)  será o relator do processo. Antes dele, Lobão Filho (PMDB-MA), Gim Argello (PTB-DF), Ciro Nogueira (PP-PI), Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL) haviam sido sorteados para a função, mas recusaram o cargo alegando razões de "foro íntimo".
O senador Antonio Carlos Valadares, que havia sido alçado à Presidência por ser o mais velho entre os senadores, também foi eleito para ocupar o cargo definitivamente nesta quinta-feira. O presidente do Conselho de Ética era o senador João Alberto (PMDB-MA), que se licenciou do cargo para trabalhar no governo do Maranhão.
Valadares prometeu um julgamento isento no caso do senador Demóstenes: "Aqui não haverá preconceitos, discriminação nem perseguição. Apenas a busca da verdade".
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/demostenes-enfim-aparece-sou-inocente 

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